O DNA DO MICRO começa mais um artigo Mito ou Verdade, e certamente a
dúvida desta vez abordada é muito comum entre os usuários: deletar a
pasta de um programa ao invés de desinstalá-lo causa problemas?
Sim, apagar a pasta de um programa sem desinstalá-lo pode acarretar
problemas, desde pequenas falhas de atalho até mais graves que envolvem o
registro do Windows e arquivos compartilhados. Entenda por quê.
É tudo registrado
A principal razão para eliminar completamente um software de um
computador é o registro do Windows. Para quem não sabe, trata-se de um
banco de dados que armazena configurações e opções de todos os
componentes de hardware e dados sobre quase todos softwares instalados e
configurações de usuários do sistema.
Com o tempo, mais e mais informações são adicionadas ao registro,
muitas delas inúteis. Isso o sobrecarrega e pode deixá-lo lento. Ao
apagar a pasta de um programa sem desinstalação, ela pode ser removida
para o acesso do usuário, porém o registro e alguns arquivos de
configuração (como os DLL) permanecem no sistema. Em outros casos,
alguns arquivos podem ficar “presos” e não conseguem ser removidos.
Pior, se tentar desinstalar depois, não será possível.
Programas “parceiros”
Hoje é muito comum que programas diferentes “conversem” entre si — a
Adobe faz muito disso, por exemplo. Ao apagar a pasta de um, outros
podem ficar “perdidos”, eles não sabem que um companheiro foi deletado e
ficam até mesmo inutilizados.
Outro
tipo de associação é de arquivos, que indica determinado programa como
padrão para abrir um tipo específico de arquivo. Ao apagar (e não
desinstalar) tal software, o Windows acha que ele ainda existe e vai
tentar usá-lo pra executar tal extensão. Problemas menos graves incluem
atalhos que ficam perdidos pelo sistema, às vezes no Menu Iniciar,
outras na Área de trabalho.
Em outras palavras: imagine o Windows como uma casa. Apagar um
programa sem desinstalá-lo é como varrer sujeira para debaixo do tapete.
Pode até esconder, mas os problemas vão aparecer cedo ou tarde.
Desinstalar tudo?
Não exatamente. Softwares mais simples, por exemplo, não adicionam
informações ao registro do Windows e funcionam apenas com seus arquivos
executáveis. Nesses casos, é possível apenas excluir a pasta deles. O
raciocínio é simples: se houve instalação, deve haver a desinstalação
apropriada.
Então, nada de apagar pastas a torto e direito. Primeiro, acesse o
Painel de Controle do Windows, vá em "Adicionar/Remover Programas" e
desinstale o que você não quer mais. Se tal software não estiver
listado, calma!
Os
desinstaladores dos programas geralmente se encontram na mesma pasta
que está o arquivo executável. Se existir uma pasta do programa no Menu
Iniciar, verifique se ele está lá. Caso esteja, selecione-o e siga as
instruções. Se não, encontre o link do programa, clique com o botão
direito e escolha “Propriedades” e lá encontre o caminho. Vá até esse
caminho no Windows Explorer e na pasta principal procure algo como
“Uninstall”. Se encontrar, execute e siga as instruções.
Não é comum, mas há programas muito teimosos que exigem uma operação
de guerra para serem removidos. Então leia o artigo que explica como deletar softwares manualmente
Programas que tiram tudo
É comum que a pasta onde um software estava instalado permaneça no
sistema mesmo depois de usar o desinstalador corretamente. Nesse caso,
deletar a pasta é recomendável, uma vez que o principal já foi excluído.
O
que você pode fazer também é usar um programa desinstalador. São
programas que, além de desinstalar softwares, procuram também qualquer
sobra no sistema para não deixar nenhum rastro. O campeão disparado de
downloads no Baixaki é o Revo Unistaller, uma das opções mais eficientes
e seguras. Não deixe de ler também este artigo que ensina você a usar o
Revo.
Outras
boas opções de desinstaladores são Fine Unistall, MyUnistaller,
Add/Remove Cleaner, Ashampoo Magic Unistall, Free Unistaller, Handy
Uninstaller e Uninstall Manager Pro. Se você não sabe qual é melhor para
você, o Baixaki ajuda com este artigo sobre os melhores desinstaladores
disponíveis no Portal.
Limpeza total
Imagine que desinstalar um programa é como fazer a faxina pesada em
uma casa para tirar as piores sujeiras. Depois é a hora de conferir tudo
para ver o que sobrou. Por isso que você também deve usar um programa
para limpar o computador. Ele não somente complementa a desinstalação de
um software, mas também remove todos os tipos de arquivos inúteis que
se acumulam com o tempo.
Sem dúvida, a
melhor recomendação do Baixaki é o CCleaner , ótimo para remover
arquivos DLL, temporários e também o registro do Windows. Aproveite e
leia também este tutorial que ensina a usar o CCleaner passo a passo.
Ele é capaz, inclusive, de remover entradas erradas na lista
“Adicionar/Remover” no Painel de Controle. Isso acontece algumas vezes,
quando um programa, mesmo depois de desinstalado, insiste em ficar
naquela lista.
Mito ou verdade: colocar um disco rígido defeituoso no congelador pode ressuscitar o dispositivo?
Chega um dia na vida de qualquer pessoa que
costuma utilizar o computador com frequência em que, inevitavelmente,
acontece um problema grave de hardware. Por melhor conservada que seja a
máquina, é natural que depois de algum tempo os componentes se
desgastem, precisando ser substituído por novos dispositivos.
O problema é quando o componente que falha é justamente o disco
rígido, no qual estão gravados todos os documentos e configurações
importantes. Depois de várias tentativas de religar a máquina, nenhuma
delas bem sucedidas, é hora de encarar a realidade – ou aceitar que tudo
foi perdido, ou gastar uma boa quantia de dinheiro em um técnico
especializado que vai recuperar os documentos.
Antes de apelar para uma dessas decisões é possível tentar um método
que pode parecer estranho: colocar o componente no congelador. Histórias
que envolvem o procedimento não são difíceis de encontrar, porém todas
são consideradas meras lendas e conversa de quem não entende nada de
informática.
Porém, isso realmente funciona, embora nem todos os casos possam ser
resolvidos. Neste artigo desvendamos por que congelar um disco rígido
pode ser uma solução útil para recuperar arquivos importantes em um
componente danificado. Acompanhe abaixo as explicações, e não deixe de
postar sua opinião em nossa seção de comentários.
Verdade, mas não em todos os casos
É realmente possível acessar os dados gravados em um disco rígido
danificado após deixá-lo certo período de tempo em um congelador ou
freezer, porém nem todos os casos podem ser resolvidos dessa forma.
Congelar os componentes pode funcionar em casos de danos físicos,
como quando as camadas que forma o HD ficam desreguladas e começam a
friccionar. Isso acontece graças ao princípio da contração, no qual um
corpo tende a diminuir seu volume quando exposto ao frio.
Dessa forma, caso as camadas estejam desalinhadas, congelar o HD vai
fazer com que sua superfície diminua, acabando com o problema de fricção
que impedia a leitura dos dados. Da mesma forma, caso a cabeça de
leitura esteja arranhando as trilhas por estar muito próxima delas,
congelar o dispositivo faz com que o problema seja solucionado.
Porém, vale notar que a solução não é definitiva, e após algum tempo
de uso o dispositivo voltará a apresentar os problemas anteriores. Isso
porque, conforme vão aquecendo, os componentes do HD voltam ao tamanho
original, o que reinicia os processos físicos responsáveis pelos erros
apresentados.
Portanto, caso você decida apelar para este método, o recomendado é
que possua um disco rígido complementar e simplesmente realize a
transferência de arquivos para o dispositivo que funciona corretamente.
Esse processo pode não ser muito prático e muitas vezes requer diversos
congelamentos do HD, mas sai mais barato recuperar dados do que pagar um
técnico especializado.
Como realizar o procedimento
Seu disco rígido parou de funcionar e, depois de várias tentativas,
nenhuma foi bem sucedida em iniciar o dispositivo. Então chegou a hora
de recorrer a métodos drásticos, como colocar o dispositivo no freezer e
rezar para conseguir algum tempo a fim de recuperar dados importantes.
Porém, esse procedimento não deve ser feito de maneira qualquer, pois
resulta em ainda mais problemas que vão destruir de vez qualquer
esperança. Para evitar problemas, o Baixaki lista abaixo os passos
necessários para congelar seu HD de maneira adequada e evitar qualquer
dor de cabeça.
1) Remova o dispositivo do computador;
2) Envolva
o HD em um saco plástico (daqueles utilizados para guardar alimentos),
certificando-se de deixar a menor quantidade de ar possível;
3) Coloque o conteúdo em outro saco plástico, por questões de segurança;
4) Agora é
hora de colocar o HD envolvido pelos dois sacos plásticos no freezer ou
congelador. O recomendado é que você deixe o componente na parte mais
fria possível, para obter o máximo de congelamento;
5) Deixe o
disco rígido no local por um tempo, enquanto realiza outras tarefas.
Não é possível afirmar qual a quantidade de tempo ideal, mas em geral é
preciso deixar o dispositivo cerca de 12 horas dentro do freezer para
que os componentes diminuam de volume;
6) Depois
de se certificar que o HD está bem congelado, retire-o do congelador e o
conecte novamente ao computador. De preferência, deixe o dispositivo
fora da máquina, para evitar que volte a aquecer de maneira muito
rápida;
7) Inicie a
máquina e comece a transferir para outro disco rígido todos os dados
importantes que deseja recuperar, com prioridade para documentos
essenciais;
8) Durante
o procedimento, pode acontecer de o dispositivo apresentar problemas e
deixar de funcionar novamente. Isso acontece quando o HD já aqueceu o
suficiente para que os componentes físicos voltem a apresentar
conflitos. Caso isso aconteça, é hora de colocar o dispositivo no
freezer mais uma vez;
9) Repita as etapas anteriores até recuperar todos os dados desejados.